segunda-feira, 28 de julho de 2008

terça-feira, 15 de julho de 2008

Sobre coisas que eu não entendo

Moro num prédio com 42 apartamentos. Na maioria deles mora pelo menos 1 homem. Por que uma lacraia foi escalar 10 andares e aparecer justo no meu banheiro?

Por que eu tenho alergia à banho quente e não consigo tomar banho frio?

Por que eu tenho que comer salada e só penso em chocolate?

Por que eu nunca sei onde deixei o telefone, a chave ou o controle remoto?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

“Grupo de células-tronco pode regenerar coração”

Um coração baleado não morre apenas porque sangra. Morre de inanição, de um aperto profundo no peito, morre por arritimia, morre por entupimento das artérias, morre por falta de atenção, mas também morre por excesso de ciúme, morre pela metástase que isso causa, morre porque envelhece, morre de morte morrida e às vezes de morte matada.
E no exato momento em que isso acontece? Dói? Quem já passou por isso sabe muito bem o que sente. É uma dor profundamente intensa e angustiante, impossível de ser tolerada por muito tempo. Sensação de morte iminente, suores frios, palidez, náuseas e vômitos. É uma situação grave, determinante da morte da metade dos que sofrem. É desejar morfina mais que o próprio ar.
Enquanto forro o chão com jornal velho para não dar trabalho pro dono do apartamento, vejo uma notícia um tanto quanto salvadora: “grupo de células-tronco pode regenerar coração”. Esqueço meu objetivo por alguns momentos. Dizem que esquecer é o primeiro passo pra aceitação. Grande besteira. Passo os olhos na matéria do jornal. Outra grande besteira. Nem a fé nem a ciência podem me livrar do inevitável.
(O cara de São Paulo)